quinta-feira, 2 de abril de 2009

Tergiversar à moda brasileira, versão burguesa.

O importante é estar bem consigo mesmo e por isso fico sempre muito feliz com a decisão, mas a cada nova escrita a amargura é remoída, talvez numa catarse do vivido que impresso já na alma, não se apaga, nem se consola. Avanti amigo, se num ano foi suficiente pra tanta percepção e experimentação, liberte os 40 passados. Não há salvação pra quem não interpreta a vida, pra quem não entende o óbvio, nem pra quem se esconde na escrita burra oriunda da leitura deturpada, mesmo quando sabida e reprovada.
Por mais que você exemplifique, aqui toda nova é sempre velha: sentimento só se reconhece pela dor na pele. Falar em cidadania já me causa ânsia pois, se nem os ditos esclarecidos sabem ler, o que esperar dos mesmos que por direito escrevem tal qual lêem, para informação dos imberbes? E assim funciona para todas as demais espécies brasileiras. Salvo exceções, que de tão excepcionais e raras, esmoreceram no panorama, tal qual gás rarefeito no universo do oxigênio. Juntar molécula por molécula é tratar a exceção como regra, e isso tá brega e não tem mais pega. Já era. De fato nunca foi nem o será. Utopia é tudo, é querer ver o surdo ouvir o urro do cego mudo! Eis o burro.
Logo é inverter os pólos, dar exceção à regra, catalogando e afastando os merdas, tal qual reza a vasta terra, onde desde sempre à regra foi e ainda é a regra.
Os ordinários são o erário, e nada otários diferenciam os extra e policiam os dados. É... aqui ordinário é insulto, erário é errado, e pra encerrar ficaria: polícia nem tem dardo.
Não dá pra comparar, mas jocosamente eu ouso em tergiversar, pois tal qual o burro do exemplo, continuo imóvel e alvo, escrevendo e divulgando tudo aquilo que finjo um dia concretizar.
Amplexos e Avanti!

Michel